terça-feira, 21 de outubro de 2025

Incompreensível

Como eu vejo o mundo?
Eu não sei, vejo em slow moushan.
One day, de cada vês, vai saber
Onde eu estou certo, ou errado.

Eu não choro mais, com ás minhas decisões
Meu coração bate pelo que é certo.
Mesmo sendo gentil, temos exceções
Nunca fui nada dês do começo.

Sinto todas ás dores, de tudo.
Peço o tempo todo para acabar.
Mas não posso colocar o ponto.
O final, que o mundo almeja.

Toda dor que sinto, é só de enxergar
Há ora que estar por vir meu irmão.
Tudo faz sentido? Creio que sim,
Mesmo que eu tenho a certeza de não estar.

Marcelo Cardoso Nascimento.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Luto Vivo

Eu te amei com a fúria dos que nunca foram amados.
Te ergui altar no meu peito,
E rezei cada palavra tua como se fosse sagrada.
Fui inteiro. Fui chama. Fui chão.
Fui silêncio onde teus gritos dançavam.
Dei meu nome, minha alma,
Como quem oferece o último gole ao sedento.
Mas tu cuspiste nos espelhos do meu afeto,
E quebrou cada gesto como se fosse vidro barato.
Fez da minha entrega uma cruz,
E da tua ausência um abismo.
Eu morri por ti. Morri tantas vezes
Que aprendi a viver com a morte sentada à mesa.
Hoje, não restou amor nem pó.
Restou o vazio. E é nele que me tornei aço.
Meu ódio não grita, não quebra
Ele observa, frio, cortante,
Como navalha limpa sobre a pele morna.
Não desejo tua dor.
Desejo tua existência… longínqua.
Desejo que me veja intocável,
Porque tua ausência me fez inatingível.
Transformei tua mentira em armadura.
Tua covardia em espada.
E agora carrego o peito sem sentimentos
Como quem carrega um templo de pedra
Invulnerável, pesado, sagrado.
Foste o fogo que me queimou.
E hoje sou cinza que não voa.
Sou rocha.
Sou tudo que não sente.
Sou tudo que, um dia,
Te amou demais.

Marcelo Cardoso Nascimento.

domingo, 24 de agosto de 2025

Bem vinda!

Como se fosse minha vida loca?
Eu não entendi o medo, mas quero
O saber sobre, o que traz  à faceta.
Me sinto em desespero,

Marcelo Cardoso Nascimento.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Explosões em meio ao Fogo de Artifício

Desculpe minhas reações
Sei que não certas, mas às vivo.
Não são meras sensações,
São aprendizados ao vivo.

Mesmo que todo amor do mundo,
Tenha um final feliz.
Eu não sinto assim na beira do abismo,
Olho pro fundo, e vejo um quiz.

Tudo está bem sempre, de sempre,
Como se voltássemos para beira.
Mas ele olha com a mesma depre,
Que vê sempre à mesma, estribeira.

Meu abismo sempre olha de volta,
Me encarando, e olhando quem vai.
Primeiro um no lugar do outro em outrora,
Como uma mente que sê esvai.

Marcelo Cardoso Nascimento.



sexta-feira, 4 de julho de 2025

Meu Cristal Quebrado

Meu cristal caiu do peito,

silencioso e lento no chão, 

partiu-se em mil pedaços

como quem perde a razão.


Era claro, puro, intenso,

guardava a luz do olhar.

Agora é cinza e denso,

não sabe mais brilhar.


Do estilhaço, nasce a lágrima,

caminho triste da dor,

desce fria pela face

sem o brilho do amor.


Cinza, cinza... tudo em volta,

até a alma perdeu cor.

Cada caco, uma lembrança,

cada suspiro, um clamor.


Não há cola para sonhos,

nem moldura pra ilusão.

Há somente o tempo e o vento

varrendo o chão do coração.


Mas ainda escuto o eco

do que o cristal cantava,

um som doce e esquecido

que no silêncio chorava.


Quem sabe, em outra alvorada,

sob novo céu que não pesa,

nasça um cristal do pranto

com mais verdade, menos pressa.


Marcelo Cardoso Nascimento.

sábado, 24 de maio de 2025

Descubra onde está a voz?

É algo que não sei dizer
Liga tudo que e ruim
Agente não vê
Saber e um só poder
Ainda onde eu ande mesmo
Belo seja o caminho
Tenso e a estrada cuja eu 
Hoje vivo!
Éu quero viver!

Da onde me dá vontade?
Ás palavras de amor 
Me tornam mais forte.
Inocente quem não aceita
Com o coração a salvação.
Onde tudo te leva ao céu!

Marcelo Cardoso Nascimento.


quinta-feira, 22 de maio de 2025

Esperança Tardia

Nasce a manhã com a mesma cor pálida,

o céu entorpecido de promessas quebradas.

Caminho entre sombras de dias que não foram,

com os bolsos cheios de nada.


A esperança essa traidora suave

sussurra em mim como se fosse brisa,

mas é vento de cemitério,

é vela que nunca acende.


Esperei no portão da alma aberta,

os olhos feridos de tanto horizonte.

Cada estrela uma mentira,

cada aurora, uma ironia.


Dizem que ela vem.

Dizem sempre.

Mas o tempo, cínico, ri por trás do silêncio,

e os ponteiros giram sobre o mesmo vazio.


Há um grito engasgado no relógio,

há uma oração presa no estômago.

A esperança não chega

mas continua avisando que vem.


E eu fico.

Fico na febre do quase,

na eternidade do talvez,

com a fé vestida de luto.


Marcelo Cardoso Nascimento.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Ventos políticos

O que sopra ô ar em vários,
Quadros lados de um cômodo
Parece Leminski de Camões.

Meu pensar é diferente, inocente
Não sê agrada quem sente.
Também não se tem expressante

Chega a ser de fato repugnante.
Época quando um país não sofria
O mal estar de uma língua indecente.

Quem diz sobre tudo isso?
A não ser por nós o representante
Ou a cabeça da serpente, que observo!

Marcelo Cardoso Nascimento.


quinta-feira, 24 de abril de 2025

Relevância ou desejo?

Todos se cobrem de flores?
Querem o uniforme da morte?
Não pensam mesmo que seja a Ester?
Qual para eles é o norte?

Não faz diferença alguma?
A história só vai piorar?
Sim só vai, de alguma forma.
Não importa o que pensar.

Estamos fadados, a só observar
O que poderemos fazer?
Nada eu vejo, a não ser deixar
O que vai acontecer.

O mundo bateu cabeça, não sabe
Onde ele mesmo vai acabar.
É tudo uma história onde?
Ou onde ele deseja estar.

Marcelo Cardoso Nascimento.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Um por um.

Pensamentos irrisórios vem a mente
Abstratos de uma consciência 
Perdida entre várias demências
Borrões de uma vaga decência.

Assim caminha a minha humanidade
Sem saber entro o que aconteceu
Ou o que eu fiz sem deliberidade
Acarretando tudo que padeceu.

Morta como sempre, não tem distinção
É tudo o que tenho por dentro
Seja uma mera afeição
Ou um sentimento.

Mas me sinto bem, não nego.
Porque não me importo com ninguém
Seja no céu ou no abismo
Só vivo ao desdém de aquém.

Marcelo Cardoso Nascimento.

Mudança necessária?

Se me pergunto sobre algo?
Sim, sobre o dia á dia.
Um por vez, sem descaso
Pensativo no momento sempre que tardia.

Em meio esse mar, que sempre volta
Ás ondas pro mesmo ponto.
Parece tudo que me devasta
Sempre o mesmo ciclo.

Mas mesmo assim quero algo
Que seja conciso e diferente
É necessário romper o galgo
De cada dia intermitente.

Mesmo que só seja o caminho
Não me importo mais.
Há solidão é atraente no mundo
Onde algo dito foi jamais.

Marcelo Cardoso Nascimento.

Sobre ás águas de vidro

Sempre parece a mesma coisa
E sempre é a mesma ironia.
Me cansei de tudo dessa fossa
Desejo seguir a minha sintonia.

Não me importa o que ficar para traz
Seja várias vidas, ou algum desdém
Não me importo, com o que jás
No momento esquecido porém.

Há sempre aquela luz no fim
De um túnel que saída não tem
Só a lembrança de um assim
Onde nada é o que na vida vem.

Se tudo girava sobre o ódio?
Sim, mas fazer o que?
Nem todo amor e sódio,
E toda vida passa igual decalque.

Marcelo Cardoso Nascimento.