Águas que descem correnteza a baixo
Destroçando todo meu pensar em paladar.
Eu não sinto mais o medo externo,
Eu tento sobreviver a cada pulsar!
Loucamente, eminentemente eu não tenho mais fogo,
Minha vida já se queimou por sangue.
Eu vejo destinos sobreviventes em meio âmago,
Me doe sentir que estou de pé!
Como sobrevivente eu sinto tudo,
Uma janela para fuga desprovida
De interesses mútuos em puro abismo
Eu não sinto decência desta vida.
As minhas águas decorrentes
Vem de palavras ditas por um só
Mesmo que estas sejam ditas em presente
Nada me foi perguntado.
Marcelo Cardoso Nascimento.
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