quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Águas

Águas que descem correnteza a baixo
Destroçando todo meu pensar em paladar.
Eu não sinto mais o medo externo,
Eu tento sobreviver a cada pulsar!

Loucamente, eminentemente eu não tenho mais fogo,
Minha vida já se queimou por sangue.
Eu vejo destinos sobreviventes em meio âmago,
Me doe sentir que estou de pé!

Como sobrevivente eu sinto tudo,
Uma janela para fuga desprovida
De interesses mútuos em puro abismo
Eu não sinto decência desta vida.

As minhas águas decorrentes
Vem de palavras ditas por um só
Mesmo que estas sejam ditas em presente
Nada me foi perguntado.

Marcelo Cardoso Nascimento.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Quando o tempo.

Quando o tempo não dissolve as palavras
Nunca ditas em todo nosso momento
Por causa de todas ressalvas
Onde vamos chegar por este caminho?

Não me diga que esta tudo bem
Quando olho para dentro de nós
Só vejo os dias que se abstem
Em nossas conversas a sós.

Entendo que o tempo passe
Que nestes dias eu já não sinta
Quanto tempo mais vamos levar?
Mais nada, como um impasse
Que não a trégua!

O tempo nesse enlasse só serve
Para deixarmos de temer as palavras
Nesse todo tempo impasse,
Mas são só voltas que eu não via
Que a tempos que eu não vivia.

Marcelo Cardoso Nascimento.