terça-feira, 3 de junho de 2014

Inconstância

Não sei se estou cansado ou se já cheguei ao fim da vida
Mas olho tudo que já fiz, será que vivi pela metade
Ou simplesmente não vivi nem a metade do carma?
Vendo tudo que hoje sou, só vejo um entrave.
Mas será que sou quem eu quero ser?
Tudo que os meus olhos enxergam e beleza
Tudo que meu coração sente são uivos
Estertores desfocados almejando saída
Será que um dia vou ser livre dos meus pensamentos?
Percebo que fiz tudo que foi errado
E onde desamparei minha alma?
Não senti o gosto do amor que eu queria sentir
Nem mesmo pude tentar fingir
Que eu fui amado por alguém,
Mas do que adianta dizer se nada vai mudar?
Quanto vejo a noite cair e mais um dia passar
Vou me deitar sem ter feito nada para mudar,
E quando o dia começa a despontar sinto
Uma vontade imensa de me afogar
Em toda aflição que sinto,
Em morrer por falta de opção!

Marcelo Cardoso Nascimento.

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