sexta-feira, 25 de abril de 2025

Ventos políticos

O que sopra ô ar em vários,
Quadros lados de um cômodo
Parece Leminski de Camões.

Meu pensar é diferente, inocente
Não sê agrada quem sente.
Também não se tem expressante

Chega a ser de fato repugnante.
Época quando um país não sofria
O mal estar de uma língua indecente.

Quem diz sobre tudo isso?
A não ser por nós o representante
Ou a cabeça da serpente, que observo!

Marcelo Cardoso Nascimento.


quinta-feira, 24 de abril de 2025

Relevância ou desejo?

Todos se cobrem de flores?
Querem o uniforme da morte?
Não pensam mesmo que seja a Ester?
Qual para eles é o norte?

Não faz diferença alguma?
A história só vai piorar?
Sim só vai, de alguma forma.
Não importa o que pensar.

Estamos fadados, a só observar
O que poderemos fazer?
Nada eu vejo, a não ser deixar
O que vai acontecer.

O mundo bateu cabeça, não sabe
Onde ele mesmo vai acabar.
É tudo uma história onde?
Ou onde ele deseja estar.

Marcelo Cardoso Nascimento.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Um por um.

Pensamentos irrisórios vem a mente
Abstratos de uma consciência 
Perdida entre várias demências
Borrões de uma vaga decência.

Assim caminha a minha humanidade
Sem saber entro o que aconteceu
Ou o que eu fiz sem deliberidade
Acarretando tudo que padeceu.

Morta como sempre, não tem distinção
É tudo o que tenho por dentro
Seja uma mera afeição
Ou um sentimento.

Mas me sinto bem, não nego.
Porque não me importo com ninguém
Seja no céu ou no abismo
Só vivo ao desdém de aquém.

Marcelo Cardoso Nascimento.

Mudança necessária?

Se me pergunto sobre algo?
Sim, sobre o dia á dia.
Um por vez, sem descaso
Pensativo no momento sempre que tardia.

Em meio esse mar, que sempre volta
Ás ondas pro mesmo ponto.
Parece tudo que me devasta
Sempre o mesmo ciclo.

Mas mesmo assim quero algo
Que seja conciso e diferente
É necessário romper o galgo
De cada dia intermitente.

Mesmo que só seja o caminho
Não me importo mais.
Há solidão é atraente no mundo
Onde algo dito foi jamais.

Marcelo Cardoso Nascimento.

Sobre ás águas de vidro

Sempre parece a mesma coisa
E sempre é a mesma ironia.
Me cansei de tudo dessa fossa
Desejo seguir a minha sintonia.

Não me importa o que ficar para traz
Seja várias vidas, ou algum desdém
Não me importo, com o que jás
No momento esquecido porém.

Há sempre aquela luz no fim
De um túnel que saída não tem
Só a lembrança de um assim
Onde nada é o que na vida vem.

Se tudo girava sobre o ódio?
Sim, mas fazer o que?
Nem todo amor e sódio,
E toda vida passa igual decalque.

Marcelo Cardoso Nascimento.