Vontade de sumir deste mundo de vil cobras,
Que só querem sugar minhas plaquetas sanguíneas.
Pois não sei o que sinto e me devoras,
o peito ou a mente afogada nas tristezas.
Queria nunca ter existido nesta minha ilusão,
E não ter proporcionado felicidade alguma a alguém.
Hoje meus sonhos são apenas sentimentos de vingança paixão,
Doce cantiga saborosa de desejo do ódio que me convém.
Ódio que impregna a parede de algumas horas da minha vida,
Parecendo sangue inlavável nas paredes do coração.
Contaminando toda a minha apatia,
Do meu desprezo sem compaixão.
Quero sair por ai sem destino algum e sem incompreensão,
Vou esperar por uma internação que me desfaleça.
Uma doença que me enterre na satisfação,
De ter me condenado por este ódio sem displicência.
Marcelo Cardoso Nascimento.